7 de abril de 2014

Partes do avião - Parte 3

 APU
O APU é um motor secundário localizado na parte de trás do avião. Ele não gera empuxo, porém gera energia para os instrumentos do cockpit enquanto os motores principais estão desligados. Presente normalmente em aviões de grande porte apenas.


MOTORES
Os motores do avião servem para gerar tração. São divididos em dois grupos: motores a pistão (utilizados em aeronaves de pequeno porte) e motores a jato (mais comuns em aeronaves de grande porte). 

O motor a jato funciona sugando ar através dos fans (uma espécie de pá) e logo depois esse ar é comprimido. Então, na câmara de combustão, esse ar comprimido é misturado com combustível e essa mistura é acesa, ocorrendo a combustão. Toda a força dessa “explosão” sai pela parte de trás do motor, criando empuxo para o avião. 

Já o motor a pistão funciona de maneira parecida. O ar entra por um bocal e é filtrado, passando depois pelo carburador (algumas aeronaves não possuem carburador e sim injeção direta) onde a mistura ar + combustível é criada. Então a mistura é direcionadoa para o cilindro, onde é comprimida e ocorre a combustão. A combustão move o pistão, e esse movimento é transmitido para o eixo de manivelas que gira a hélice, criando tração através das pás.

TUBO DE PITOT
O tubo de pitot é um aparelho que fica no nariz ou nas asas do avião e que é responsável por medir a velocidade do avião através da pressão do ar. Há dois orifícios por onde é medida a pressão: um na frente, que mede a pressão dinâmica, e outro lateral, que mede a pressão estática (PE). A diferença entre essas pressões é utilizada para calcular a velocidade. Pelo fato de o tubo de pitot estar localizado no nariz e nas asas do avião, ele acaba ficando vulnerável ao gelo. O gelo tapa os orifícios do tubo de pitot, fazendo com que ele mande informações erradas aos pilotos. É por isso que no cockpit há um dispositivo chamado PITOT HEAT que aquece os tubos de pitot, evitando o congelamento dos mesmos.


Partes do avião - Parte 2

SPOILERS
Os spoilers, ou speedbrakes, são freios aerodinâmicos. Eles são usados logo quando o avião toca o solo para evitar uma flutuada e diminuir sua velocidade. Eles também são utilizados durante o voo, normalmente quando o piloto quer fazer uma descida mais acentuada sem aumentar a velocidade. Os spoilers conseguem “segurar” a velocidade.

FLAPS
Os flaps ficam ao longo da asa no bordo de fuga. Eles são estendidos durante o pouso e na decolagem e possuem diferentes graus de posição. Eles servem para criar mais sustentação para o avião em momentos que este está em baixa velocidade, aumentando a curvatura e/ou área da asa. Por isso que são estendidos apenas durante o pouso (permite o piloto realizar uma aproximação a uma velocidade menor) e na decolagem (permite uma decolagem mais curta). Na imagem você pode ver também os slats, que fazem parte do sistema de flaps. Eles aumentam a curvatura da asa e permitem um maior fluxo de ar sobre o extradorso, aumentando também a sustentação.



WINGLETS
Os winglets ficam na ponta das asas e seu formato varia de avião para avião. Eles ajudam a diminuir o arrasto induzido (será explicado futuramente), economizando combustível e, claro, dinheiro. Na imagem abaixo é possível ver dois tipos diferentes de winglets.




TREM DE POUSO
O trem de pouso é um mecanismo cujo principal componente é o pneu. Eles também possuem amortecedores para que o impacto do avião com o solo durante o pouso seja minimizado. Os pneus não são cheios com oxigênio, e sim com nitrogênio, que é mais estável às oscilações de temperatura durante o voo. Fazem parte do trem de pouso também a roda (onde está conectado o pneu) e os freios (podendo ser a disco ou a tambor).