30 de março de 2015

Gelo

A formação de gelo pode ocorrer nas asas, nos tubos de pitot, no carburador ou até mesmo nas pás da hélice. Caso ocorra nas asas, haverá uma alteração no formato das mesmas, alterando também o fluxo de ar. Isso vai fazer com que haja uma diminuição da sustentação, fazendo o avião ficar mais sucetível à um stall. Se formar gelo nos tubos de pitot, os orifícios que medem a pressão do ar vão ficar obstruídos, mandando informações erradas de velocidade aos pilotos, ou até mesmo nenhuma informação. Gelo no carburador ocasiona em perda de potência e pode causar uma parada completa do motor.
Para evitar a formação de gelo, sistemas anti-gelo devem ser ligados, que aquecem partes mais vulneráveis para formação do mesmo. Temos como exemplo o Pitor Heat (que aquece o tubo de pitot) e o Carb Heat (que utiliza ar quente no carburador para evitar formação de gelo).

Ventos

Há três tipos diferentes de vento que você pode encontrar num voo, além de outros fenômenos meteorológicos. São eles:

VENTO DE PROA: um vento que vem de frente com o seu avião. Durante uma decolagem com o vento de proa, você percorrerá uma parte menor da pista em menos tempo.

VENTO DE CAUDA: um vento que segue a mesma direção que o seu avião. Este vento é muito perigoso durante pousos e decolagens, onde a aeronave está em baixa velocidade, pois ele diminui a sustentação. Decolagens e pousos com vento de cauda devem ser evitados ao máximo.

VENTO DE TRAVÉS: vento lateral que deixa seu avião "torto" em relação à sua trajetória (chamado de deriva). Para minimizar este problema, você utilizará o leme para corrigir a deriva. Durante pousos e decolagens com vento de través, usa-se também aileron na direção do vento para minimizar os efeitos do mesmo. 

TESOURA DE VENTO (WINDSHEAR): é uma súbita mudança na velocidade, na direção ou na combinação desses dois fatores do vento, reduzindo drasticamente a sustentação. Deve ser sempre evitado.

MICROBURST: uma forte rajada de vento descendente que, ao chegar ao solo, se “espalha” para os lados. Ele é muito perigoso, pois pega o piloto de surpresa: primeiro o piloto se depara com um vento de proa muito forte. Isso vai aumentar a velocidade do avião e fazer o piloto diminuir a potência dos motores. Depois, ele encontra uma forte rajada de vento descendente, fazendo o avião perder altitude bruscamente. O golpe final é um forte vento de cauda, que diminui drasticamente a sustentação. É um fenômeno extremamente perigoso (principalmente durante pousos e decolagens) e não é indentificado pelos radares.

Nuvens

Há quatro tipos diferentes de nuvens, cada uma com suas características. São elas:

CIRRUS: são nuvens bem finas formadas por cristais de gelo que ficam em altas altitudes. Indicam ventos fortes em altas altitudes.

CUMULUS: são nuvens que parecem um algodão. Essas nuvens possuem um desenvolvimento vertical maior que o horizontal e, ao passar por uma delas, você vai encontrar um pouco de turbulência. Indicam uma atmosfere instável. Formadas por gotículas de água.

STRATUS: são nuvens que possuem um desenvolvimento horizontal maior que o vertical. Elas são responsáveis pela garoa e você praticamente não encontrará turbulência ao passar por uma delas. Indicam uma atmosfera estável. Formadas por gotículas de água.

CUMULONINBUS: a mais perigosa nuvem que existe na aviação. Possui um grande desenvolvimento vertical, que pode chegar facilmente até os níveis de voo de aeronaves comerciais (passar por cima não é uma opção). Nela há granizo, chuva, turbulência, gelo, relâmpagos e correntes de ar ascendentes e descendentes. Ou seja, as chances de você sair do outro lado ileso são muito pequenas. Você SEMPRE deve evitar essa nuvem. Formadas por água e gelo.